terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Feliz Natal


Os quatro do calvário, tem o prazer de desejar um feliz natal a todos os leitores do nosso calvário. Que esta pausa lectiva de para relaxar um pouco e esquecer grelhas alunos e afins.

sábado, 20 de dezembro de 2008

A Constatação de um facto !!!

Quando o Papa Paulo VI veio a Portugal, vivíamos em 'ditadura', sendo Presidente do Conselho - Salazar.O Papa perguntou-lhe qual o motivo de ter tantos ministros, obtendo a seguinte resposta:- Santidade, Jesus tinha 12 apóstolos, eu tenho 12 ministros. Agora, quando o Papa Bento XVI visitar Portugal e perguntar ao primeiro-ministro para quê 40 ministros e secretários de estado este, certamente, responderá:- Bem, Santidade... Ali Babá tinha 40 ladrões.

Adivinha

O grande poeta Bocage mais actual que nunca!
Ah, grande Bocage!!
Baixa, de olhos ruins, amarelenta,
Usando só de raiva e de impostura, Triste de facha, o mesmo de figura, Um mar de fel, malvada e quezilenta; Arzinho confrangido que atormenta, Sempre infeliz e de má catadura, Mui perto de perder a compostura, É cruel, mentirosa e rabugenta. Rosto fechado, o gesto de fuinha, Voz de lamento e ar de coitadinha, Com pinta de raposa assustadinha, É só veneno, a ditadorazinha. Se não sabes quem é, dou-te uma pista: Prepotente, mui gélida e sinistra, Amarga, matreira e intriguista, Abusa do poder... e é MINISTRA. QUEM É?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Versão asiática da Manuela Moura Guedes


A NOVA LÍNGUA PORTUGUESA

Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos pretos "afro-americanos" (com vista a acabar com as raças por via gramatical) tem sido um fartote pegado!
As criadas dos anos 70 passaram a "empregadas domésticas" e preparam-se agora para receber menção de "auxiliares de apoio doméstico" .
De igual modo, extinguiram-se nas escolas os "contínuos "passaram todos a "auxiliares da acção educativa".
Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por "delegados de informação médica".
E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em "técnicos de vendas".
O aborto eufemizou-se em "interrupção voluntária da gravidez";
Os gangs étnicos são "
grupos de jovens" Os operários fizeram-se de repente "colaboradores"
As fábricas, essas, vistas de dentro são "unidades produtivas"e vistas da estranja são "centros de decisão nacionais".
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à "iliteracia" galopante.
Desapareceram dos comboios as 1.ª e 2.ª classes, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes "Conforto" e "Turística".

A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...» ; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade impante.
Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um "comportamento disfuncional hiperactivo" Do mesmo modo, e para felicidade dos "encarregados de educação" , os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, "crianças de desenvolvimento instável".Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado "invisual". (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o "politicamente correcto" marimba-se para as regras gramaticais...)
As putas passaram a ser "senhoras de alterne".
Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em "implementações", "posturas pró-activas", "políticas fracturantes" e outros barbarismos da linguagem.
E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico.
Estamos lixados com este "novo português"; não admira que o pessoal tenha cada vez mais esgotamentos e stress. Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz de forma "politicamente correcta".
E na linha do modernismo linguístico, como se chama uma mulher que tenta destruir a educação em Portugal? - Ministra !

mais um jogo

Curso Intensivo







outro para aliviar o stress


Manif de 15 Novembro 2008















Muito Bom

Jorge Pedreira equipara os professores a ratos numa reunião de professores socialistas!

Explicando porque não pode ceder o ministério às exigências dos professores:«Quando se dá uma bolacha a um rato ele a seguir quer um copo de leite!»Um relato na primeira pessoa. António GalrinhoNos últimos dias recebi SMSs de diversos colegas alertando para a presença do Jorge Pedreira, secretário de estado da educação, numa palestra a realizar em Setúbal, no dia 16 de Novembro às 17h. A palestra era subordinado ao tema "Política de Educação", foi promovida pela distrital do PS mas era aberto a não-militantes.Eu lá apareci, pensando que ia encontrar vários colegas da nossa escola, mas fui o único. No auditório da Estalagem do Sado, estávamos oitenta pessoas, o que corresponde a cerca de metade dos lugares. Esperava ver lá mais gente. Quase todos os presentes eram militantes do PS e percebi mais tarde,pelas intervenções, que cerca de metade dos presentes eram, também, professores. Eu, que sou apartidário e feroz crítico de quase tudo o que seja políticos e seus comportamentos, e nada habituado a estas lides, ali fiquei sentado ao lado de um colega de outra escola, na última fila.Na mesa estava o secretário de estado, ladeado pelo ex-deputado, actual presidente da distrital do PS (e também pintor) Vítor Ramalho, e por um indivíduo que nunca falou e que desconheço. Na plateia reconheci de imediato o Humberto Daniel, ex-presidente da junta de freguesia de S. Sebastião, e o Paulo Pedroso, deputado do PS.
A palestra foi um misto de operação de charme e de apalpar o pulso aos militantes sobre o assunto em causa.O secretário de estado falou durante 50m, ininterruptamente e sem recurso a qualquer tópico escrito. Trazia, natural e obviamente, a lição mais do que sabida. Disse essencialmente disparates, mentiras e até ofendeu os professores. Aquelas coisas que estamos fartos de ouvir: os professores trabalham poucas horas, nunca foram avaliados, não querem ser avaliados, os sindicatos assinaram e agora não cumprem com o que assinaram, os professores eram uns privilegiados porque progrediam automaticamente nas carreiras, o excessivo abandono escolar, a falta de hierarquias, o premiar do mérito, etc., etc., etc.Depois houve inscrições para expor opiniões. 27 pessoas se inscreveram, entre as quais eu, que falei mais ou menos a meio. Pensei que a generalidade dos militantes aproveitasse a ocasião para tecer elogios às virtudes do ECD e do seu modelo de avaliação, mas não foi isso que aconteceu. Começou por falar o militante Chocolate Contradanças (é esse o seu nome) que foi professor e se disse desgostoso por ver o estado de desmotivação em que a sua mulher está, ela ainda professora, e referiu que o PS iria perder a maioria absoluta devido a esta ME; foi aplaudido. O Humberto Daniel teve uma intervenção bombástica ao começar por dizer que "por muito menos o Correia e Campos foi para a rua"; foi aplaudido. Outros militantes se seguiram. O Paulo Pedroso teceu críticas ferozes, também preocupado com os resultados eleitorais. Disse "a Escola está agora pior" e, referindo-se a uma passagem do discurso do secretário de estado em que este dizia que os últimos dez anos foram uma barafunda (não me lembro se a palavra foi esta ou outra idêntica) nas escolas, Pedroso lembrou que "o PS esteve 7 desses 10 anos no governo"; foi muito aplaudido. Seguiram-se outras intervenções, de professores, alguns membros de conselhos executivos, ex-professores e militantes do PS, cada uma apontando aspectos diferentes das fraquezas deste modelo de avaliação, raramente se
apontando virtudes.Chegou a minha vez e quis partir mais alguma loiça, pois estava revoltado sobretudo com uma frase dita pelo secretário de estado e que não havia sido ainda comentada por ninguém. No final do seu discurso ele havia dito, referindo-se às negociações com os sindicatos, que não estava na disposição de ceder nem de renegociar. Coroou o seu raciocínio com o provérbio chinês "Quando se dá uma bolacha a um rato, a seguir ele quer um copo de leite." Assim, sem tirar nem pôr! Depois de me apresentar, esclareci que sabia o que era uma metáfora mas que não podia ficar indiferente à contextualização dada àquele provérbio, onde os professores eram comparados aos ratos, e salientei:- Um professor pode até aceitar uma bolacha e pode até beber um copo de leite, mas também sabe desmontar uma ratoeira;Tensão na sala, com muitos olhos em cima de mim, de pé, com o microfone na mão. Mas não fraquejei eachei que devia ser ainda mais contundente. Depois de referir as fraquezas deste modelo, a má-fé e as reais intenções que estão por trás dele disse:- Isto é uma palhaçada!Continuei dizendo que o ME está sempre a passar à opinião pública que os professores trabalham poucas horas e que têm muito tempo de férias. Lembrei que:- Em relação às horas, não sei como chegam a essa conclusão, pois eu nunca trabalho menos de 40h por semana, e é frequente trabalhar bem mais. Quanto às férias e às paragens, como nos podem atirar isso à cara se nos limitamos a cumprir o calendário estipulado pelo ministério? Até parece que os professores andam a roubar alguma coisa a alguém.Sabia que estava a pisar terrenos argilosos, mas arrisquei de novo:- Isto é uma palhaçada!Às tantas o Vítor Ramalho interveio e disse que não podia admitir esta linguagem, que se tratava de um encontro de militantes do PS onde as pessoas se respeitavam. Eu, que vejo na generalidade dos políticos pessoas que são tudo menos sérias, estive-me nas tintas para os seus pruridos. Perguntei-lhe se os não-militantes não podiam intervir. Ele disse que sim. Perguntei-lhe se me deixava continuar e concluir a minha opinião. Disse de novo que sim, e eu continuei. Para concluir lembrei-me de uma série de ataques que o secretário de estado fez aos professores e às suas formações. A esses ataques respondi:
- Todos os professores têm formação média, superior ou equiparada, alguns têm mestrado, outros têm doutoramento. Fizeram profissionalização dentro dos moldes estipulados superiormente. Fazem acções de formação e actualização com regularidade. Como nos podem atirar também isso à cara? Lembro que mais de 90% dos professores têm habilitações académicas superiores às do primeiro-ministro.- Aí é que foram elas! Não se podia falar mal do ai-jesus de todos eles, ali. Pateadas da mesa e de muitos dos presentes na plateia. Ainda perguntei, por duas vezes:- Estou a dizer alguma mentira?Ninguém me disse que não. Sentei-me; ninguém bateu palmas. Ouvi atentamente as intervenções seguintes.Um psicólogo referiu que a ministra tem, à partida, qualquer coisa contra os professores, e que isso é notório nas suas intervenções. O último a falar foi um colega que referiu conhecer como funcionam as coisas noutros países da Europa, onde esteve várias vezes em trabalho, e de não saber de nenhum onde os professores sejam divididos em duas carreiras. Questionava ele a que país, afinal, tinha ido o ME inspirar-se.Para terminar, foi dada a palavra ao secretário de estado, que voltou a falar das virtudes deste modelo de avaliação e da importância de o levar à prática. Foi um discurso circular, onde muito pouco se reflectiram as preocupações colocadas pela plateia.Foi assim a minha aventura de quatro horas numa palestra promovida pelo partido que suporta o governo que está a destruir o ensino público no nosso país.António GalrinhoPublicado por JoaoTilly em novembro 20, 2008 07:37 AM

A OCDE DESMENTE O MINISTÉRIO

O que o Ministério sabe mas esconde cobardemente, de forma a virar os portugueses menos esclarecidos contra os que trabalham dia a dia para dar um futuro melhor aos filhos dos outros.'Os PROFESSORES em Portugal não são assim tão maus...'Consulte a última versão (2006) do Education at a Glance, publicado pela OCDE, em http://www.oecd.org/dataoecd/44/35/37376068.pdf.
Se for à página 58, verá desmontada a convicção generalizada de que os professores portugueses passam pouco tempo na escola e que no estrangeiro não é assim.É apresentado, no estudo, o tempo de permanência na escola, onde os professores portugueses estão em 14º lugar (em 28 países), com tempos de permanência superiores aos japoneses, húngaros, coreanos, espanhóis, gregos, italianos, finlandeses, austríacos, franceses, dinamarqueses, luxemburgueses, checos, islandeses e noruegueses!No mesmo documento de 2006 poderá verificar, na página 56, que os professores portugueses estão em 21º lugar (em 31 países) quanto a salários!Na página 32 poderá verificar que, quanto a investimento na educação em relação ao PIB, estamos num modesto 19º lugar (em 31 países) e que estamos em 23º lugar (em 31 países) quanto ao investimento por aluno.
E isto, o M.E. não manda publicar...Não tem problema. Já estamos habituados a fazer todos os serviços.Nós divulgamos aqui e passamos ao maior número de pessoas possível, para que se divulgue e publique a verdade.

O Professor do ano

Professor do ano foi aquele que, com depressão profunda, persistiu em ensinar o melhor que sabia e conseguia os seus 80 alunos.
Professor do ano foi aquela que tinha cancro e deu as suas aulas até morrer.
Professor do ano foi aquela que leccionou a 200 km de casa e só viu os filhos e o marido de 15 em 15 dias.
Professor do ano foi aquela que abandonou o marido e foi com a menina de 3 anos para um quarto alugado. Como tinha aulas à noite, a menina esperava dormindo nos sofás da sala dos professores.
Professor do ano foi aquele que comprou o material do seu bolso porque as crianças não podiam e a escola não dava.
Professor do ano foi aquele que, em cima de todo o seu trabalho, preparou acções de formação e se expôs partilhando o seu saber e os seus materiais.
Professor do ano foi aquela que teve 5 turmas e 3 níveis diferentes.
Professor do ano foi aquele que pagou para trabalhar só para que lhe contassem mais uns dias de serviço.
Professor do ano foi aquele que fez mestrado suportando todos os> custos e sacrificando todos os fins-de-semana com a família.
Professor do ano foi aquele que foi agredido e voltou no dia seguinte com a mesma esperança.
Professor do ano foi aquele que sacrificou os intervalos e as horas de refeição para tirar mais umas dúvidas.
Professor do ano foi aquele que organizou uma visita de estudo mesmo sabendo que Jorge Pedreira considerava que ele estava a faltar.
Professor do ano foi aquele que encontrou forças para motivar os alunos depois de ser indignamente tratado pelos seus superiores do ME.
Professor do ano foi aquele que se manifestou ao sábado sacrificando um direito para preservar os seus alunos.

Professor do ano foi aquele presidente de executivo que viveu o ano entre o dever absurdo, a pressão e a escola a que quer bem, os colegas que estima.
Professor do ano... tanto professor do ano.
Professores do ano, todo o ano, fomos todos nós, professores, que o continuamos a ser mesmo após uma divisão absurda.
Professor do ano... tanto professor do ano em cada escola, tanto milagre em cada aluno.
Somos mais que professores do ano. Somos professores sempre!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008


Nas ruas de Serpa ...

Greve de dia 3 de dezembro

Ontem mesmo com o governo a dizer que não houve muita greve de Professores, na pensão do calvario todos os seus elementos estiveram de greve. Mesmo em dia de greve trabalhamos bastante nas grelhas.